8/30/2006

Sobre limites

Somos um grande poço de limites. Desde criança são eles que nos lapidam, dia após dia, para viver em sociedade. Ninguém pode sair por aí fazendo o quê dá na cabeça. É errado, todo mundo sabe.

Olhe em volta, vê alguém tentando quebrar regras mundialmente aceitas e constituídas? Vamos, não tão rápido, olhe mais um pouco.

Salvo os caras que são artistas, trabalham no circo ou são malucos, ninguém tá autorizado a se comportar assim. Limites são simples e pedem só uma coisa a você: ordem. Até na desordem, de preferência.

Então, pense bastante da próxima vez que você sentir uma vontade incomum de sair por aí fazendo coisas e esquecer dessa coisa básica que qualquer criança aprende ainda no jardim de infância.


8/22/2006

Não sei se Lula é bom ou ruim. Talvez seja menos pior, sob um certo aspecto.


Quando acompanhamos alguns bons números do governo Lula a gente fica se perguntando o que seria esse gorverno se houvesse um compromisso verdadeiro com a ética, a moral e, principalmente, com o sofrido povo brasileiro.

Fica uma sensação de angústia por saber que poderíamos estar comemorando uma brilhante retomada brasileira rumo à consolidação de uma nação digna de se viver e pela qual sentiriamos orgulho de dar o suor nosso de cada dia.

Mas tudo virou lama e descobrimos qual era, e ainda é, o real interesse da "panelinha" do Lula: se perpetuar no poder fazendo caixa para implantar sua disnatia, para não dizer ditadura.

E olha que tenho lá minhas dúvidas se o Barbudo não vai querer seguir o exemplo do Huguinho, Evinho e Fidelzinho depois de reeleito.

Posso até apostar numa intervenção dele na nossa constituição para conseguir ficar o tempo que quiser no poder, usando sua figura de "paladino da justiça" e "detentor da moral e bons costumes" junto à massa de manobra criada no berço de décadas de descaso com a educação brasileira. Diga-se de passagem, ninadas pelas mãos da própria "oposição".

Mas, caso Lula faça realmente isso, acredito que ele vai cometer o maior erro da sua vida política.

O povo brasileiro não vai aceitar um retrocesso tão grande na sua já combalida democracia.

Quem viver verá.



Veja alguns números da era Lula:

( Fonte Economática e Folha On line)

Veja abaixo o balanço divulgado pela Economática dividido entre os principais setores com suas comparações entre o segundo mandato de FHC e os três anos e meio de Lula (todos os valores foram ajustados pelo IPCA):

Petrobras - Lucro de R$ 42,285 bilhões sob FHC e de R$ R$ 77,439 bilhões sob Lula.
Energia elétrica - Prejuízo de R$ 17,847 bilhões sob FHC e lucro de R$ 14,753 bi com Lula.

Bancos - Lucro de R$ 31,937 bi com FHC e R$ 57,637 bi sob Lula.

Siderurgia e Metalurgia - Lucro de R$ 5,279 bi com FHC e de R$ 28,554 bi com Lula.

Mineração - Ganho de R$ 12,514 bi com FHC e R$ 29,195 bi com Lula.Papel e Celulose - Lucro de R$ 3,909 bi com FHC e R$ 10,954 bi com Lula.

Química - Lucro de R$ 2,375 bi com FHC e R$ 8,122 bi com Lula.

Transporte - Prejuízo de R$ 2,353 bi com FHC e lucro de R$ 2,059 bi com LulaTelecomunicações - Ganho de R$ 9,469 bi com FHC e de R$ 13,777 bi com Lula.

Alimentos e bebidas - Lucro de R$ 4,683 bi com FHC e de R$ 8,203 bi com Lula.

Veículos e peças - Lucro de R$ 4,950 bi com FHC e de R$ 4,187 bi com Lula.

8/21/2006

No Orkut dos outros é refresco.












O Orkut, maior site de fofoca da internet, adotado com amor pelos brasileiros como sua fonte preferencial de bisbilhotagem da vida alheia; se recusa veementemente a prestar informações às autoridades policias tupiniquins quanto aos seus perfis racistas, pedófilos, homofóbicos e etctróficos.

Nos EUA, porém, o Google, dono do sitezinho xereta, divulga aos 4 cantos sua política de "Tolerência Zero" contra esses mesmos crimes, que no Brasil acha normal.

Mas está na cara. Todo mundo sabe porque o Orkut usa dois pesos e duas medidas nesses casos.

É pelo simples fato de que aqui ninguém obedece à lei.

E não vai ser uma emprezinha Estadunidense que vai mudar as regras na terra brasilis.

8/16/2006

Exercício de futurologia. A resposta certa era a opção B.


Nos excelentes livros A Terceira Onda e Choque do Futuro, escritos na década de 70 e 80, Alvin Toffler tece um exercício filho-da-puta de futurologia e acerta muito sobre a realidade de nossos tempos frenéticos. Só pra você ter uma idéia, o autor passava 10 anos viajando pelo mundo e fazendo pesquisas para fechar uma obra.

Em “A Terceira Onda”, especialmente, ele cita a Revolução Tecnocientífica, com suas diversas definições mundo afora, e teme que tudo poderia se transformar em, pura e simplesmente, mais do mesmo.

Essa passagem não sai da minha cabeça, nunca saiu. Acho que é o que chamam de “idéia fixa”. Coisa de maluco, vá entender.

Mas fugindo do lugar comum do papo pseudo-intelectual, que só enche o saco e não leva à porra nenhuma, e entrando na seara da praticidade, do questionamento direto, pergunto:

Pra onde o mundo está indo com toda essa pressa tecnológica irracional?

Essa, segundo o próprio Toffler, é uma pergunta típica de alguém da segunda onda de mudanças. De alguém que ainda sofre as más influências da Revolução Industrial do século XVIII. Talvez sim, do ponto de vista daquela década de conclusão da obra, que por aqui ficou conhecida como "perdida". Hoje, no entanto, estou aqui nesse futuro "previsto" e não consigo ver nada realmente diferente do famigerado: mais do mesmo.


Não há dúvidas de que o cara atirou no que viu e acertou no que também viu. Nem de longe, porém, foi aonde apostou suas fichas.A resposta certa era a opção B.

8/14/2006

Hoje é segunda-feira

Hoje não conversaremos. Hoje não seremos cordatos. Nada de educação, nada de bom-dia ou boa-tarde e vamos todos dormir sem boa-noite. Hoje é a selva que prevalece, é cada um por si, mesmo. Hoje o homem é por definição um animal, ultra-irracional. Então, não vamos fingir que somos socialmente viáveis. Pelo menos uma vez sejamos verdadeiros para admitir nossa verve traiçoeira e selvagem. É, hoje só vale se for no mano a mano. Hoje é o dia da verdade. Hoje é segunda-feira.


8/10/2006

CONTRA-ATAQUE EM BURKINA FASO





Capítulo 1 - O capanga do Algoz.

O óbvio acabava de dar de cara com o que tava bem embaixo do meu nariz durante aqueles 60 longos dias em Burkina Faso. O elo tinha se fechado quando vi Jonh Wiltaker levantar sua Taurus em direção ao piloto do helicóptero que acabara de pousar naquele solo, amaldiçoado por Deus. Pelo menos, desde uns 3 séculos pra cá, depois do XV e XVI, quando Burkina era um importante entreposto comercial do Império Songhai.

O tiro dilacerou o pescoço do piloto e Wiltaker correu para fazer parar as hélices da aeronave, que por pouco não emborcava cortando ao meio toda aquela gente que fazia fila para se salvar da miséria e cair nas garras de uma instituição com fortes influências demoníacas.

- Todos para trás... Paul, leve todos para o abrigo e não queira dar uma de herói, você sabe bem o que uma bala desse bebê pode fazer no seu corpo - Wiltaker ordenou enquanto jogava o corpo do comandante na Savana subsaariana.

Dias antes tive umas aulas com ele para tentar me proteger de algum levante dos Manugaras, os cortadores de cabeça. Uma etnia hostil até para os níveis de alta tolerância à crueldade de Burkina Faso.

Mas como o desempenho foi aquém do esperado pelo meu desumano professor, não tive permissão para portar nem um 38, o que achei conveniente pra minha consciência já tão solapada com as recentes descobertas sobre aquela missão filantrópica .

Os “sub-humanos” se alvoroçaram quando viram que não iam sair do inferno. Gastei meu francês para tentar acalmá-los, tentei um dialeto local para acabar com a histeria das mulheres e assim conseguimos chegar ao abrigo. O restos de comida estavam por toda parte, a fogueira improvisada chiava tentando não apagar após os 5 litros de água jogados antes de irmos para o heliponto. Era assim que o Wiltaker chamava a clareira no meio do resto de selva intertropical, uma forma de humor negro que o divertia bastante e que esperava de mim ao menos um sorriso.

A noite ia ser bem longa e os bicudos tirariam grandes nacos de carne daquela gente que não tinha nem isso para oferecer aos famintos mosquitos. Quis distribuir um pouco do meu repelente, mas desisti para evitar que me matassem tentando salvar suas peles.

Achei que talvez minha monstruosidade não fosse menor que a do Wiltaker. Tirei a idéia diabólica da cabeça, estava querendo salvar aquela gente e não matá-los.

Durante a madrugada, os urros dos leões ficavam cada vez mais próximos. Wiltaker tinha contratado dois capangas do Niger que se revezavam na vigília da sua barraca, estrategicamente posicionada em frente à dos prisioneiros, estas totalmente cercadas por arames farpados impediando as feras de se aproximar.

Os urros eram aterrorizantes, alguns nativos diziam que já dava até para sentir o hálito das feras. Muitos, por se acharem protegidos pela cerca, dormiam muito próximo à lona. E foi por isso, que um grande leão, achando uma brecha na cerca, conseguiu rasgar as costas de um homem de 25 anos com aparência de 50.

O grito cortou a noite fria e deixou todos em sobressalto no meio do abrigo. Todos, menos o pobre infeliz com as costas retalhadas pela fera. Caiu morto, pulmões e fígado à mostra. Os capangas e o próprio Wiltaker ainda acertaram uma bala de raspão no felino, que sumiu no meio da noite.

A morte era uma questão de tempo ali, para todos. Pensei na minha filha em Paris, prometi que se saísse daquela tomaria coragem e a procuraria. Mas já prometera isso antes, talvez preferisse a morte do que demonstrar sentimentos tão embaraçosos e ainda correr o risco de não ser aceito. Se aquele dia amanhecesse, ia preferir arriscar.

( Continua, mas deve demorar. Ou não.)

História do Burkina Faso (Diversas Fontes)


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Pré-história
Tal como toda a África ocidental, o Burkina Faso foi povoado em tempos remotos, com destaque para os caçadores-recolectores da parte noroeste do país (12 000 a 5 000 a.C.), cujas ferramentas (raspadeiras, cinzéis e pontas de seta) foram descobertos em 1973. Entre 3 600 e 2 600 a.C. surgiram povoamentos de agricultores, e os vestígios dessas estruturas deixam a impressão de edifícios relativamente permanentes. O uso do ferro, cerâmica e pedra polida desenvolveu-se entre 1 500 e 1 000 a.C., tal como a preocupação com os assuntos espirituais, como é demonstrado pelos restos de enterramento que têm sido descobertos.
O Burkina Faso foi uma região economicamente importante para o Império Songhai, que existiu entre o século XV e o século XVI.
Relíquias dos Dogon são encontradas nas regiões centro-norte, norte e noroeste. Este povo saiu da área entre os séculos XV e XVI a.C. para se ir instalar nas colinas de Bandiagara. Encontram-se restos de muros altos no sudoeste do Burkina Faso (e também na Costa do Marfim), mas o povo que os construiu ainda não foi definitivamente identificado.
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Da colónia à independência
Em 1896, o reino Mossi de Ouagadougou tornou-se protectorado francês depois de ser derrotado pelas forças francesas. Em 1898, a maior parte da região que corresponde hoje ao Burkina Faso foi conquistada. Em 1904, estes territórios foram integrados na África Ocidental Francesa, no coração da colónia do Alto-Senegal-Niger (Haut-Sénégal-Niger).
Os seus habitantes participaram na Primeira Guerra Mundial nos batalhões da Infantaria Senegalesa (Tirailleurs sénégalais). O território foi originalmente administrado a partir da Costa do Marfim, mas transformou-se numa colónia separada em 1919. A 1 de Março de 1919, François Charles Alexis Édouard Hesling transformou-se no primeiro governador da nova colónia do Alto Volta, que foi dissolvida a 5 de Setembro de 1932, sendo dividida entre a Costa do Marfim, o Mali e o Niger.
A 4 de Setembro de 1947, o Alto Volta foi recriado nas suas fronteiras de 1932. A 11 de Dezembro de 1958, alcançou o auto-governo, e tornou-se numa república membro da Comunidade Franco-Africana (La Communauté Franco-Africaine). A independência completa foi atingida em 1960. O primeiro golpe militar ocorreu em 1966, e o país regressou ao governo civil regressou em 1978. Em 1980 deu-se outro golpe, liderado por Saye Zerbo, que foi derrubado em 1982. Um contra-golpe foi lançado em 1983, deixando no poder o capitão Thomas Sankara. O actual presidente é Blaise Compaoré, que chegou ao poder em 1987 depois de um golpe de estado que matou Thomas Sankara.

8/08/2006

Revolta no Divã



Puta que pariu. Caralho. Porra. Foda-se esse doutorzinho e todo mundo. Vai tomar no cú filho-da- puta. Miserável de uma figa. Você só quer analisar é seu extrato bancário com o meu depósito bem gordo. Sacana. Filho de uma vaca. Sabia que eu posso te processar por falta de profissionalismo, babaca? Mané. Idiota. Descarado. Vil, Vil, mil vezes Vil.

- Sr. João Antônio, o senhor é o próximo.
- Tudo bem Doutor Maurício?Há quanto tempo.Senti sua falta.
- Oi João, tudo bem?
- Agora sim, bem melhor.
- Ah, já ia me esquecendo. Minha consulta aumentou para R$150 . Ok?
- O quê?

Puta que pariu. Caralho. Porra. Foda-se, seu doutorzinho de merda. Vai tomar no cú filho-da-puta. Miserável de uma figa. Você só quer analisar é seu extrato bancário com o meu depósito bem gordo. Sacana. Filho de uma vaca. Sabia que eu posso te processar por falta de profissionalismo, babaca? Mané. Idiota. Descarado. Vil, Vil, mil vezes Vil.

Fica com a porra do seu consultório e seus conselhos de merda.

Vou nessa babaca.

8/06/2006

A Urologista


Capitulo 1

Onde a dor é dilacerante

Não era muito chegado a médico. Nem tampouco a doenças. Evitava até falar a palavra para não atrair. Mas a ardência na hora de tirar água do joelho estava passando de todos os limites. Temia até, absurdo, tomar a sagrada cervejinha com os amigos. Esse inocente hábito agora representava algumas sessões de tortura no intervalo da resenha. Mas não podia e não ia ficar refém do medo, decidiu encarar o problema.

Ia lá sim, mostrar o centroavante matador pro doutor e voltar à normalidade de bate-papo na boemia com os chagados do bairro.


Tava decidido, assim que amanhecesse ligava de um orelhão e marcava a consulta.

Dormiu mal aquela noite. O calor fez esquecer da ardência e bebeu grandes 2 litros d’água antes de puxar o ronco. Se arrependeu ardidamente. Quando o despertador acusou 6 horas, já tinha contado 3 idas ao banheiro e uma ameaça de mijada com requintes de crueldade. Aquilo era pior do que ir ao temido Dops.

Tomou café, um menorzinho para não inchar a bexiga, e comeu um pão integral e uma maçã, evitando assim piorar o quadro. Abriu as páginas amarelas, folheou até a seção de médicos, correu as vistas mais um pouco e encontrou a especialidade procurada – urologistas. Correu o dedo na lista e fez papai-do-céu mentalmente. Encontrou um nome: Doutor Fernando Correia Barros. Discou depressa e comprimiu a bexiga de encontro ao acento para diminuir a dor, que voltava. Apertou a medalhinha de Santo Expedito e pediu ajuda.

Um, dois, três, quatro toques e nada. Caiu na caixa. Resolveu tentar outro. Não podia se dar ao luxo de escolher médico naquele estado.


A dor era dilacerante. Não resistiu e deixou a lista cair ao chão. Chorou e chamou por Nossa Senhora prometendo que largaria a cerveja por uma semana se saísse daquela. Calculou que seria mais ou menos esse o tempo de tratamento. O otimismo é o que cura o homem, pensou. Respirou fundo.Pegou a lista do chão, correu o dedo novamente e encontrou outro nome: doutor Lucimar Cardoso Ferreira. Discou com a mão trêmula e no segundo toque atenderam.


- Consultório da douto....
- Minha filha, minha querida, por favor, é caso de urgência. Me vê uma consulta com Doutor Lucimar aí o quanto antes. Acho que tô com infecção urinária grave.
- Pois não senhor, temos um horário em aberto às 10 horas.
- Pra mim está ótimo, confirma aí. Se puder até ser antes.
- Infelizmente senhor, só temos esse horário hoje.
- Tudo bem então, pode confirmar.
- Qual o seu convênio senhor?
- Quero particular.
- Seu nome completo?
- Oswaldo Guido Souza.
- Prontinho Sr. Oswaldo, está marcado às 10 horas com a douto...
- Obrigado minha filha. Tchau.
Desligou e correu pro banheiro para mais uma sessão de tortura.


(continua)



8/03/2006

Radicalismo, fisiologismo e entreguismo . 3 alternativas para o Brasil.


A que ponto chegamos. O Brasil, um país riquíssimo, vai eleger em outubro uma dessas 3 "forças" políticas. A opção radical, se é que podemos chamar assim, seria um voto de protesto, um grito de raiva para tudo isso que está aí. Mas pode se transformar em "mais do mesmo", claro, depois de eleita. Suas atitudes narcisistas são um sinal de fumaça. A segunda opção é o referendo a o citado "mais do mesmo", com todos os seus jogos de interesses, negociatas e os "toma lá, dá cá". Seria um vôo cego, com o comandante totalmente vendado para escândalos gigantescos de corrupção. A terceira opção é uma "Volta aos tempos do Brilhantismo Verborrágico". Gorvenar bonito para banqueiros e dizer ao povo que o social é a prioridade.Na verdade, tudo é um grande tabuleiro de W.O. onde nós somos as peças. Enquanto a sociedade civil não se organizar e criar mecanismos de cobrança aos nossos governantes, os caras vão continuar a pensar que são os donos da terra brasilis. Você vai deixar?

Paulo André Guimarães é idealista sazonal. Ou não.




8/02/2006

O Monstro dos juros altos tem cara de quê?


Durante muitos anos o Brasil conviveu com o famoso dragão da inflação, que tocava fogo no nosso dinheiro sem dó nem piedade. De alguns anos para cá, desde a criação do plano real, esse dragão tão aterrorizador veio perdendo seu voraz apetite e hoje podemos dizer que está domesticado. E, salvo algum “flash back” irresponsável do próximo governo eleito, ele deve permanecer assim.

O leão do imposto de renda também é bastante assustador e vira e mexe assombra as noites mal dormidas dos brasileiros. A malha fina é o ápice do pesadelo, quando não há mais saída e o bichano abre sua bocarra para devorar nossos bolsos.

Após ler mais um dos brilhantes artigos da Miriam Leitão no jonal O Popular, no qual ela falava justamente da necessidade que o Brasil tem de contornar a “pedra” do juros altos me veio à mente essas imagens do Dragão e do Leão.

Apesar de falar metaforicamente da pedra, a Miriam não transformava a mesma na “Grande Pedra dos Juros Altos”, dando forma de “monstro pedra” ao mais novo inimigo do povo brasileiro; coisa que para mim, a partir daquele texto, se fez extremamente necessária, pois para derrotar o inimigo é preciso conhecê-lo, nomeá-lo e assim exterminá-lo. Conclui, que o imaginário popular exige uma forma para esse monstro.

Refletindo um pouco mais, me perguntei porque o governo não lança um concurso para eleger qual a figura representativa desse novo inimigo número 1 da nação.

A pedra, que precisa ser contornada, da Miriam Leitão é uma das opções. Sugiro também algumas: uma enorme anta preta, um burro empacado ou uma enorme engrenagem quebrada.

Depois de escolhido o nosso monstro, vem a fase da escolha do melhor nome para batizá-lo, tipo: Anta jurássica, Burrico empacado do juros altos, Monstro da engrenagem quebrada, etc. Podemos fazer um votação em diversas capitais para chegarmos ao nome ideal como tem feito o Cob para o Sol que será o mascote do Pam do Brasil.

É isso aí, o desafio de revelar ao mundo mais esse triste monstro genuinamente brasileiro está lançado. Como diria o grande Sun Tzu, autor do mundialmente conhecido “A Arte da Guerra”: Se conheces os inimigos e conheces a ti mesmo, nem em cem batalhas correrás perigo; se não conheces os inimigos, porém te conheces a ti mesmo, perderás umas batalhas e ganharás outras; se não conheces os inimigos nem te conheces a ti mesmo, correrás perigo em cada batalha.

Então, não percamos tempo, precisamos conhecer esse inimigo urgentemente.

por Paulo André Guimarães - Redator Publicitário e Escritor ocasional, sub-30.
paullodesousa@hotmail.com

8/01/2006

A maior decepção na vida do seu Manoel da padaria foi descobrir que seu filho queimava a rosca. Ficou muito infeliz por saber que todo o esforço que tinha feito para ensinare tudo que sabia do seu ofício ao fedelho, não servira de nada. Pensou. Se até aos ouvidos dele já tinha chegado a notícia que o Joaquinzinho não tinha a mínima atenção com as fornadas de rosca, certamente, era porque já tinha chegado ao conhecimento da vizinhança toda, de certo. Concluiu.