7/11/2007

7/03/2007

Desova - I

Viagens longas costumam ser prazeirosas. A menos que cadáveres comecem a surgir nas margens da estrada, sem prévio aviso e sem levar em conta o amanhecer que parece não ter pressa de deixar o japão . As crianças começam a perguntar: papai o que é aquilo? e aquilo? e aquilo lá? caraca, tem um monte pai!! E você só pensa em pisar fundo na esperança de chegar o mais rápido ao posto da Polícia Rodoviária e dar sorte de encontrar um prestativo agente do estado disposto a acreditar naquela história sem pé nem cabeça logo nas primeiras horas do dia, ainda noite.
Mas a cena não quer mais sair da sua mente e você começa a fazer conjecturas de quem seria aquela gente.
Será que um Serial Killer teria aparecido de repente num povoado da região e feito um caminho de corpos para não se perder na mata?
Será que alguma seita promoveu um suicídio coletivo ao ar livre?
Será que narcotraficantes deram uma lição numa cambada que desviou 50 quilos da branquinha da boa, que ia abastecer a sociedade paulistana no fim de semana?
Não pareciam, pelo menos a 160 km/h, bandidos. Algo muito estranho estava acontecendo ali. E não era ele que iria ficar parado naquela ermo Posto da Policia para saber os detalhes do macabro achado.Preferia garimpar os detalhes nos noticiários da TV ou no diário matinal depois da chegada ao destino......(Continua)